São Pedro de Alcântara – presbítero | 19 de Outubro
Aos 16 anos foi acolhido entre os franciscanos observantes. Eleito ministro (superior), empreendeu logo uma severa reforma, chamada reforma alcantarina. Diretor espiritual de Teresa de Ávila, encorajou-a e colaborou com ela na reforma carmelitana. Pelas duras penitências que se impunha, “incompreensíveis para a mente humana”, como escreve Teresa, “seu corpo parecia feito de raízes de árvore”. Canonizado em 1669.
“Aqueles que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e concupiscências” (Gal 5,24)
Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.
Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs, até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais tarde, eleito provincial da Ordem.
Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele, atestou depois da morte do santo: “Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus”.
Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo.
Padroeiro do Brasil
Poucos sabem, mas Nossa Senhora Aparecida não é a única padroeira do Brasil e nem mesmo foi a primeira, cronologicamente falando. Antes dessa invocação mariana ser proclamada como patrona da nossa nação, outro Santo já havia conquistado este título: São Pedro de Alcântara.
São Pedro de Alcântara foi confessor do Rei Dom João III, de Portugal, e por este motivo se tornou, mais tarde, o santo de devoção da Família Real, que escolheu seu nome para os dois imperadores do Brasil – Dom Pedro I e Dom Pedro II. Em 1826, o Papa Leão XII, atendendo um pedido de Dom Pedro I proclamou São Pedro de Alcântara padroeiro do Brasil.
São Pedro de Alcântara, rogai por nós!