Santo do Dia
Conheça a incrível vida do Santo do Dia de hoje e ao final coloque suas intenções para serem lembradas nas Santas Missas e Adorações ao Santíssimo Sacramento.
Santos Anjos da Guarda | 02 de Outubro
A palavra “anjo” significa: enviado, mensageiro divino. Eles são criaturas pessoais e imortais, puramente espirituais, dotadas de inteligência e vontade que intercedem a Deus por nós. Eles são servos e mensageiros de Deus, que “contemplam continuamente o rosto do meu Pai, que está nos Céus”, disse Jesus Cristo, o Filho de Deus (cf. Mt 18, 10). Eles são os poderosos executores das ordens do Senhor, sempre atentos à Sua palavra (cf. Sl 103, 20). Por isso, com clareza, lemos no Salmo 91: “Pois Ele encarregará seus anjos de guardar-te em todos os teus caminhos”. Quando nos deparamos com os mistérios da vida de Jesus, conseguimos perceber que este salmo profetiza a presença dos anjos na vida do Senhor. Da mesma forma, eles se fazem presentes em nossa vida como nos revelou a o evangelista: “Guardai-vos de desprezar algum desses pequeninos, pois eu vos digo, nos céus os seus anjos se mantêm sem cessar na presença do meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, desde o início até a morte, a nossa vida é acompanhada pela assistência e intercessão dos anjos. “Cada fiel tem ao seu lado um anjo como protetor e pastor para o guiar na vida. Desde este mundo, a vida cristã participa, pela fé, na sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus” (CIC 336). E também, “Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar e servem os Seus planos salvíficos em relação às outras criaturas: ‘Ad omnia bona nostra cooperantur angeli – Os anjos prestam a sua cooperação a tudo quanto diz respeito ao nosso bem’”(CIC 350). A existência dos anjos é dogma de fé confirmado por vários Concílios, pela Sagrada Escritura e pela Tradição da Igreja que os apresenta nos escritos dos Santos Padres e dos Santos doutores.
O primeiro Concílio, que confirmou a existência dos seres espirituais, foi o de Nicéia, em 325, quando fala “dos seres invisíveis” criados por Deus. O Magistério da Igreja confirmou a realidade dos anjos no Concílio de Latrão IV (1215). O Catecismo da Igreja afirma, sem hesitação, a existência dos anjos: “A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura, chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição” (§ 328). O Papa Pio XII, na sua encíclica Humani Generis (1959), reafirmou que os anjos são “criaturas pessoais”, dotadas de inteligência sagaz e vontade livre (DS 3891).
São Gregório Magno, doutor da Igreja (540-604), dizia que “cada página da Revelação escrita atesta a existência dos Anjos”. A presença e a ação dos anjos bons e maus estão a tal ponto inseridas na história da salvação, na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, que não podemos negar a sua existência e ação, sem destruir a Revelação de Deus. Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia. Os Concílios de Latrão IV e Vaticano I afirmaram que: “Deus, com sua virtude onipotente, no início dos tempos, simultânea e igualmente, criou uma e outra criatura, a espiritual e a corporal, isto é, a angélica e a material e depois a humana; esta, composta de espírito e de corpo”.
Com relação ao lugar onde o anjo se encontra, São Tomás ensina, na Questão III da Suma Teológica, o seguinte: “Os anjos não estão em um lugar, tal como os corpos, isto é, de uma maneira própria e circunscritiva, mas de uma maneira que transcende o lugar” (Art. I).
Muitos foram os santos que cultivaram devoção a eles e se santificaram através deles. Dom Bosco por vezes foi defendido por seu Anjo que aparecia como um cachorro e tinha o apelido de “Grigio”, Domingos Sávio resgatou uma menina com a ajuda de seu anjo mesmo sem saber nadar, São Benedito recrutava os anjos em suas atividades na cozinha e por muitas vezes foi ajudado. Esses e tantos outros santos receberam esse auxílio, por isso recomendava Padre Pio aos seus dirigidos espirituais no seguinte trecho de uma carta a uma moça chamada Anita: “Pelo amor de Deus, não se esqueça desse companheiro invisível [o Anjo da Guarda], sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso (…)!”.
A amizade com nosso Anjo da Guarda desenvolve-se em várias fases. Primeiramente, é necessário tomar consciência de sua existência, saber e compreender, mas também apreciar aquilo que a fé da Igreja Católica nos apresenta em beleza e importância a respeito desses seres angélicos. Depois, será necessário adquirir a capacidade de escutar nosso Santo Anjo, abrir-nos ao mistério da sua presença ininterrupta em nossa vida, para crescermos na amizade com ele. Nesse sentido, o que é mais importante para o desenvolvimento dessa amizade é o silêncio, a paz, a pureza e a simplicidade como atitude de vida. Além disso, precisamos aprender a obedecer o Anjo da Guarda e tudo fazer com a sua cooperação. Um dos últimos degraus da amizade com o Anjo da Guarda é a nossa consagração a ele, que pode ser feita através da Obra dos Santos Anjos (Opus Angelorum).
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarda, me governa, me ilumina. Amém
Santos Anjos da Guarda, rogai por nós!
Por que ler a vida do Santo do dia?
Você sabe porque é muito importante conhecer e meditar no exemplo de vida do Santo do dia?
É fácil perceber que os homens se influenciam mutuamente no relacionamento social. A criança imita os pais, os gestos de dois amigos tendem a se assemelhar, pois a imitação é conatural aos homens desde a infância, distinguindo-os como a criatura mais imitativa de todas.
Esse mimetismo inato vincado em nossa humanidade se verifica também no âmbito sobrenatural. Conforme frisou Bento XVI, “os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana e, por conseguinte, representam para nós um verdadeiro caminho de acesso a Jesus”.(1) Podemos, sem dúvida, considerá-los como imagem de Deus transposta para o dia a dia.
O conceito de imitação de Cristo – diretamente ou através do Santo do Dia – está presente nos Livros Sagrados, sobretudo nas cartas de São Paulo, como a destinada aos filipenses: “Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (3, 17).
São Francisco de Assis estava bem cônscio de seu papel simbólico quando dizia: “Devo ser modelo e exemplo para todos os frades”. (2)
Para o homem contemporâneo essas analogias entre Cristo e os Santos poderiam parecer despropositadas ou mesmo maldosamente tachadas de “culto à personalidade”.
Por isso, é fundamental ler a história do Santo do Dia para que conhecendo o exemplo deles e admirando-os, você aprenderá como adequar nossas vidas à santidade que Deus quer de nós.
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