Você sabe qual é a pergunta proibida dos dias de hoje?
Salve Maria!
Hoje estou escrevendo para partilhar com você uma história que marcou minha vida!
Você sabe qual é a pergunta proibida nos dias de hoje?
Hoje, todo o mundo pergunta tudo. Pergunta o que deve e até o que não deve… no entanto, há uma pergunta que ninguém tem coragem de fazer, e na maioria das vezes nem se lembra de fazer.
Sabe qual é? Você nem vai acreditar…
A pergunta proibida é: “você precisa de ajuda?”
É ou não verdade que hoje em dia, o egoísmo é um vício tão presente, que pouca gente se preocupa verdadeiramente com as dificuldades dos outros?
E este problema, afeta todas as classes sociais, raças e estilos de vida. Ser generoso e caridoso é algo independente de se ter dinheiro ou de ser pobre.
Sabe por que estou comentando isto com você? Porque há algum tempo fui fazer uma missão apostólica numa comunidade muito pobre do Rio de Janeiro, e por esquecimento, não levei nada para comer (às vezes os Padres também se esquecem das coisas… kkk).
Você pode imaginar, em pleno verão, após várias horas de missão, subindo e descendo o morro daquela comunidade, a minha natureza humana já estava pedindo literalmente “água”.
Até que, uma senhora se aproximou de mim e perguntou se eu aceitava um copo de água. Confesso que aceitei imediatamente a oferta e entrei na pequena casa dela, que estava a menos de 10 metros de distância.
Casa muito simples, chão de terra, teto de plástico, um córrego passando pelo meio da cozinha, um sofá muito velho…
Sobre a mesa já estava um copo de suco de laranja natural, um pão com manteiga e um pé de moleque. E também uma cadeira onde me sentei para descansar.
O fato daquele lanche já estar preparado sobre a mesa me intrigou e não resisti em lhe perguntar: “A senhora já tinha o lanche pronto? Parece que já estava à minha espera…”
Para minha surpresa, ela me respondeu que logo no início da manhã, me viu chegar à comunidade sem qualquer sacola com lanche e pensou: “coitado desse Padre… daqui a pouco o sol, a caminhada e a evangelização de casa em casa vão acabar com ele.”
E por causa de mim, ela resolveu ir para casa preparar-me um lanche, para que quando eu chegasse ao topo do morro, eu tivesse algo que me confortasse a fome, a sede e o cansaço…
Confesso que fiquei interiormente emocionado! Já percorri o Brasil de norte a sul. Já estive em casa de gente muito rica, e sinceramente poucas vezes fui tratado com tanto amor!
Fiz questão de ficar algum tempo em casa dessa senhora para me beneficiar de uma alma tão caridosa e prestativa. Quando estava para sair, ela me disse: “Padre, não saia sem levar mais um pé de moleque!”
Ela então, abriu a geladeira e eu pude ver que estava vazia! Somente um pacote de manteiga, uma caixinha com o último pé de moleque, um ou outro legume e 2 ou 3 laranjas. Mais nada! Ela estava-me dando tudo aquilo que ela tinha para ela!!!
Nessa hora, confesso que minha emoção foi mais forte e não pude sair daquela casa sem abraçar e agradecer a esta santa mulher que nada tendo, tudo partilhava.
Esta foi uma grande lição de vida para mim, e até hoje rezo por essa senhora, e volta e meia lhe envio uma sesta básica.
No olhar e na presença daquela pobre mulher, eu vi mais fé, mais caridade e mais felicidade do que em tantas outras pessoas que vivem correndo atrás de conquistar tudo, e não têm coragem de perguntar ao irmão se precisa de algo.
Lembrei-me desta frase: Dar muito a Deus não basta, é preciso dar tudo! Dar tudo a Deus não basta, é preciso dar com alegria!
Espero que este episódio de minha vida também lhe seja útil no caminho da virtude, como foi para mim.
Reze por nós.