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Os Três beijos em Jesus

Entramos na Semana Santa, e uma das cerimônias mais marcantes do tríduo pascal é a Adoração da Santa Cruz na sexta-feira santa. Cerimônia de uma tocante simplicidade, e de um simbolismo profundo, que convém compreender.

Antes de nos prostrarmos diante da imagem de Jesus Crucificado e beijar-lhe os pés sagrados, devemos compreender o que é a adoração.

Adorar é prestar a alguém o culto supremo, reservado a Deus, reconhecendo-o como nosso Criador e Mestre. Só podemos adorar a Deus. Adoramos a Jesus Cristo, prestando-lhe o culto, que a Igreja chama de latria (adoração) porque Ele é verdadeiro Deus, como é verdadeiro homem, unindo a natureza divina e a natureza humana numa única pessoa: a pessoa do Verbo Encarnado.

Jesus Cristo deve ser adorado com um culto de latria, adoração absoluto e devem ser adorados, com um culto de latria relativo, a sua imagem e a cruz sobre a qual morreu, por ter sido regada pelo seu sangue.

A este culto de adoração relativa, juntaremos o culto de nosso amor, expresso pelo ato de beijarmos os seus pés. O beijo é a manifestação de um amor ardente. Os pais beijam os seus filhinhos, e os filhos a seus pais para manifestarem, publicamente, a veneração e o amor, que lhes dedicam.

Percorrendo o Evangelho notamos que apenas quatro pessoas tiveram a felicidade de beijar a Jesus.

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Primeiro Beijo: o beijo da pureza

A história do mundo se perpetua e se renova sem cessar…

Jesus, o sublime e terno Jesus, está sempre em frente a nós, recebendo de seus filhos um destes 3 beijos. Há, neste mundo, almas puras, sedentas de amor, que se aproximam de Jesus e imitadoras de Maria Santíssima e de S. José, beijam-lhe a fronte, as mãos e os pés, com a expressão de amor que lhes arde no coração, e com o desejo de reparar as blasfêmias, os insultos e os ódios que Ele recebe dos ingratos.

Este primeiro tipo de beijo é dado a Jesus pelos bons católicos, almas que praticam a sua religião, e vivem mais para Deus do que para o mundo. Felizes daqueles que pertencem a esta primeira categoria, e podem aproximar-se do crucifixo e dizer-lhe com a convicção com que Pedro lhe dizia: Tu sabes! Senhor, que eu te amo!

Segundo Beijo: o beijo do arrependimento

O segundo beijo foi o de Madalena, a convertida. Era um beijo de arrependimento sincero, envolto em lágrimas de amor. Cair, é sempre triste, mas levantar-se é nobre! O reerguimento do pecador agrada a Deus ao ponto de Jesus Cristo afirmar que há mais alegria no Céu pela conversão de um pecador, do que pelo fervor de noventa e nove justos que não precisam de misericórdia.

A razão é simples. Deus é pai da misericórdia e o seu coração se entristece quando vê um homem precipitado no mal ; porém, como uma mãe, desde que o arrependimento brote nesta alma ferida, Ele perdoa, esquece o passado e parece só sentir a alegria da conversão. Felizes daqueles que sabem chorar aos pés de Jesus, e reparar, pelo arrependimento, as faltas do passado.

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Terceiro Beijo: o beijo da traição

O terceiro beijo é o da traição. Neste beijo parece que se concentra tudo o que o mundo tem de mais lamacento e repugnante. Se o beijo virginal de Maria, foi como que a quintessência das virtudes e o aroma concentrado da pureza, o de Judas é como a quintessência do vício, da maldade, da baixeza.

É um beijo traidor! Este beijo reproduz-se pelos lábios dos pecadores obstinados, daqueles que vivem mergulhados no fundo do lamaçal e não querem mudar de vida, não sentem nem o desejo de se levantar, nem sequer fazem um esforço para sair da obra de Judas.

Quantos católicos traem a Cristo, negando sua fé, abandonando o redil da Santa Igreja procurando a prosperidade em uma sacola de trinta moedas… Infelizes pecadores que Jesus ainda ama, como continua a amar o traidor, mas que não se deixam mais comover pelos convites do amor de Deus.

Adoremos a Cruz

Vamos todos, pois, beijar os pés de Jesus! Nesta homenagem haverá as três espécies de beijos, que Jesus sentirá sobre os seus pés e que o seu coração distinguirá perfeitamente.

O beijo das almas puras: este será um bálsamo para o seu coração. O beijo dos pecadores arrependidos: este será um sorriso para a sua alma agoniada. O beijo dos infelizes e indiferentes e pecadores sem desejos de sair desta vida de pecado. Este seria um beijo de Judas. Mas que digo, oh meu Deus! Judas?!

Houve um Judas na Palestina… que no Brasil, esta raça não exista!

O brasileiro é católico! Ele ama a sua religião. Às vezes não a pratica perfeitamente, por ignorância, por hábito, raramente por impiedade. Oh, Jesus! que todos os lábios que nesta Sexta-Feira Santa vão depositar o seu beijo sobre os teus pés adoráveis, sejam lábios puros ou arrependidos, que te consolem, e redigam como S. Pedro : Tu sabes, Senhor, que eu Te amo !

Longe de nós o beijo da traição! O nosso será de arrependimento, que merecerá a resposta que deste a Madalena: Muito lhe será perdoado, porque muito amou!


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