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Por que acendemos velas a Deus, ou a um santo?

“Qual a origem do costume de acendermos velas a Deus, ou a um santo. É para comprarmos de Deus alguma graça? Ou para nos livrarmos de algum mal que esteja nos ameaçando?”

Na verdade, o fundamento deste costume é mais profundo do que isso.

Origem

O costume de acender velas já consta no Antigo Testamento. Ali podemos ler que Deus disse a Moisés: “Ordena aos israelitas que te tragam óleo puro de olivas esmagadas para manter continua­mente acesas as lâmpadas do candelabro. Aarão as preparará fora do véu do testemunho, na tenda de reunião, a fim de que elas queimem ininterruptamente, da tarde à manhã, diante do Senhor.” (Lv 24,2-3)

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Quando pensamos em uma vela acesa, nos lembramos de LUZ, e a ideia de oposição “LUZ e TREVAS” imediatamente nos vêm à mente. O Próprio profeta Isaías nos diz: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz” (Is 9,1) e tal profecia se cumpre quando a Virgem Maria apresenta seu divino Filho no Templo ele que era, nos dizeres de Simeão, a “Luz que ilumina os povos”.

Sacrifício

Quando acendemos uma vela  ela é consumida pelo fogo, e este é um ato simbólico de um sacrifício. Assim como no início Deus pediu um sacrifício a Abraão, do mesmo modo que o sacerdote no templo deveria oferecer o sacrifício anual, os cristãos oferecem como que um pequeno sacrifício que se consome totalmente, são as velas.

Portanto, quando acendemos uma vela, representamos uma entrega a Deus, um pequeno holocausto oferecido àquele que é nosso Deus e criador.

No sábado santo, na noite da vigília pascal, o celebrante acende uma grande vela, o Círio Pascal, símbolo de Cristo, Cordeiro que foi sacrificado por nossos pecados, que ressuscita dos mortos e ilumina o mundo.

Fé e Vida

O homem necessita de símbolos que expressem o que traz no fundo de sua alma. O fogo é um símbolo da vida. “Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” (Mt 5,16). Quando Jesus nos fala desta luz se refere à nossa fé.

Quando acendemos uma vela sobre um túmulo, estamos, com isso, querendo dizer que aquela pessoa que faleceu possuía a luz da fé. Também quer representar a luz da nossa fé, que acreditamos na ressurreição dos mortos.

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Quando vamos à missa, podemos observar velas sobre o altar. São Pedro Julião Eymard diz que estão ali representando nossa fé no sacrifício eucarístico que se celebra na Missa. Do mesmo modo, a lamparina do Santíssimo Sacramento sempre está acesa para nos recordar a presença de Deus naquela igreja. Deveríamos sentir uma “santa inveja” daquela lamparina que está ali dia e noite, consumindo-se junto ao sacrário.

Velas Votivas

Algumas pessoas fazem promessas de acenderem velas, são as Velas Votivas. É um ato de fé! Votiva quer dizer “voto”, “promessa” a Deus. Ela tem valor?

Sim, tem valor desde que a pessoa tenha fé! Se a chama daquela vela simboliza a fé da pessoa que fez a promessa, é necessário que exista fé! O fiel está fazendo um esforço para ali viver sua fé.

Conclusão

Acender velas, portanto, é um costume muito antigo. Quando acendemos uma vela em casa, ou em alguma igreja, estamos simbolizando a união de nossa oração com a oração da Igreja, a oração de Cristo que é a Luz que ilumina as nações. Não é nenhuma superstição ou algo mágico, mas é um pedido que fazemos a Deus, que ele nos ilumine e aceite nossas orações. Que Ele ilumine as trevas de nossos corações e possamos a cada dia termos consciência de que não fomos feitos para as trevas do pecado, mas para o reino da luz imperecível.


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