[adrotate banner=”5″]
Jó 30
1 – Agora zombam de mim os mais jovens do que eu, aqueles cujos pais eu desdenharia de colocar com os cães de meu rebanho.
2 – Que faria eu com o vigor de seus braços? Não atingirão a idade madura.
3 – Reduzidos a nada pela miséria e a fome, roem um solo árido e desolado.
4 – Colhem ervas e cascas dos arbustos, por pão têm somente a raiz das giestas.
5 – São postos para fora do povo, gritam com eles como se fossem ladrões,
6 – moram em barrancos medonhos, em buracos de terra e de rochedos.
7 – Ouvem-se seus gritos entre os arbustos, amontoam-se debaixo das urtigas,
8 – filhos de infames e de gente sem nome que são expulsos da terra!
9 – Agora sou o assunto de suas canções, o tema de seus escárnios
10 – afastam-se de mim com horror, não receiam cuspir-me no rosto.
11 – Desamarraram a corda para humilhar-me, sacudiram de si todo o freio diante de mim.
12 – À minha direita levanta-se a raça deles, tentam atrapalhar meus pés, abrem diante de mim o caminho da sua desgraça.
13 – Cortam minha vereda para me perder, trabalham para minha ruína.
14 – Penetram como por uma grande brecha, irrompem entre escombros.
15 – O pavor me invade. Minha esperança é varrida como se fosse pelo vento, minha felicidade passa como uma nuvem.
16 – Agora minha alma se dissolve, os dias de aflição me dominaram.
17 – A noite traspassa meus ossos, consome-os os males que me roem não dormem.
18 – Com violência segura a minha veste, aperta-me como o colarinho de minha túnica.
19 – Deus jogou-me no lodo, tenho o aspecto da poeira e da cinza.
20 – Clamo a ti, e não me respondes ponho-me diante de ti, e não olhas para mim.
21 – Tornaste-te cruel para comigo, atacas-me com toda a força de tua mão.
22 – Arrebatas-me, fazes-me cavalgar o tufão, aniquilas-me na tempestade.
23 – Eu bem sei, levas-me à morte, ao lugar onde se encontram todos os viventes.
24 – Mas poderá aquele que cai não estender a mão, poderá não pedir socorro aquele que perece?
25 – Não chorei com os oprimidos? Não teve minha alma piedade dos pobres?
26 – Esperava a felicidade e veio a desgraça, esperava a luz e vieram as trevas.
27 – Minhas entranhas abrasam-se sem nenhum descanso, assaltaram-me os dias de aflição.
28 – Caminho no luto, sem sol levanto-me numa multidão de gritos,
29 – tornei-me irmão dos chacais e companheiro dos avestruzes.
30 – Minha pele enegrece-se e cai, e meus ossos são consumidos pela febre.
31 – Minha cítara só dá acordes lúgubres, e minha flauta sons queixosos.
[adrotate banner=”4″]
Baixe o App Salve Maria! para Android ou IOS e tenha a Bíblia, a Liturgia Diária, o Santo do dia, livro de orações e muito mais, na palma de sua mão. CLIQUE AQUI!
Você já nos acompanha nas redes socias? Siga-nos no Facebook, no Instagram e também o nosso canal no Youtube.